Bombeiros da corporação de Óbidos criam mochila de combate a incêndios

19-09-2014 12:18

s bombeiros da corporação de Óbidos criaram uma mochila de combate a incêndios, de forma a aumentar a proteção no decorrer dos incêndios florestais. A mochila já se encontra a ser comercializada para outras corporações, estando também em perspetiva a criação de “uma pasta de comando”. 

 
Em declarações à agência Lusa, citadas pelo portal Notícias ao Minuto, Carlos Silva, comandante da corporação de bombeiros de Óbidos afirma que os motivos que levaram os bombeiros da sua corporação a criarem a sua própria mochila foram os “elevados preços” e a “insatisfação” em relação às mochilas existentes no mercado, que não cumprem todos os requisitos da legislação.
 
Carlos Silva assegura ainda que, baseada em modelos comercializados, quer no estrangeiro, quer em Portugal, a corporação desenvolveu um produto "conforme a legislação atual, no que diz respeito ao equipamento de proteção individual e equipamento de sustentabilidade dos bombeiros no combate aos incêndios florestais".
 
Segundo o comandante da corporação de Óbidos, a mochila "é composta por um arnês onde se acopla o abrigo de incêndio e o sistema de hidratação”, estes permitem que, caso seja rodeado pelas chamas, o bombeiro se feche dentro do abrigo, que repele o calor, e disponha de um depósito com três litros de água para se hidratar, tendo ainda a vantagem de ser "ajustável ao corpo de cada bombeiro", adaptando-se a pessoas de maior ou menor estatura.
 
Refira-se que o equipamento foi criado especialmente para responder às necessidades da corporação, que atualmente conta com 10 mochilas para duas equipas de combate a incêndios florestais. Porém, o baixo custo acabou por ditar a sua comercialização para outras corporações.
 
Carlos Silva adiantou a Lusa que "neste momento já temos 100 unidades vendidas e mais uma remessa de 100 a ser fabricada para ser comercializada", destacando ainda que uma dezena de corporações são já clientes.
 
A mochila é fabricada numa fábrica da Benedita, no concelho de Alcobaça e, segundo o responsável, pode ser adaptada com melhorias sugeridas pelas corporações clientes.
 
Já a “pasta de comando”, cujo protótipo deverá estar finalizado durante o mês de agosto, encontra-se também a ser criada pela corporação com o objetivo de "apoiar os elementos de comando ou de chefia no que diz respeito à organização de um teatro de operações", declarou Carlos Silva.
 
Baseada num modelo usado nos Estados Unidos da América, a pasta que a corporação está a "adaptar à realidade nacional" permitirá "ter as coisas minimamente organizadas para que rapidamente se possa mudar o posto de comando de um lugar para outro", nas fases um e dois dos incêndios, ou seja, aquelas em que o comando se desloca numa viatura de pequena dimensão.
 
"Atualmente o que existe são quadros magnéticos ou folhas individuais" que Carlos Silva pretende arrumar na pasta, na qual se consegue "ter todas as listagens e todos os quadros necessários para o comandamento na fase dois".
 
A mala, para a qual os bombeiros estão a recolher contributos junto de outras corporações, está a suscitar o interesse de alguns comandantes, pelo que a corporação irá também proceder à sua comercialização.
 
"É um negócio que vai colmatar algumas necessidades do corpo de bombeiros de Óbidos" e, em simultâneo, disponibilizar no mercado, a mais baixos custos, equipamentos que "satisfazem a necessidade dos bombeiros portugueses", concluiu Carlos Silva.
 
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